Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama levam o butoh de “Mares e Nuvens Flutuantes” ao Galpão Floresta Cultural
(foto de Fábio Zambom)
"É devotar esta entrega plena, esta paixão plácida e fervorosa ao mesmo tempo, colocar-se perante os horrores da existência e tecer uma corda para se salvar da loucura da humanidade, não emergindo, mas mergulhando mais fundo nela. (...) Mares e Nuvens Flutuantes nos chega como uma pintura dançada." - Consuelo Vallandro (Agora Crítica Teatral)
Indicados ao Prêmio Açorianos de Dança e pioneiros no ensino de butoh no Rio Grande do Sul, os bailarinos Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama seguem conquistando novos espaços com “Mares e Nuvens Flutuantes”, seu mais novo espetáculo de butoh. Trata-se da quinta parceria da dupla nos palcos e a terceira sob a direção de Etsuko Ohno, esposa, maquiadora e figurinista de Yoshito Ohno (1938-2020), mestre cujos princípios norteiam o butoh de Ana e Nishiyama.
As novas apresentações de “Mares e Nuvens Flutuantes” acontecem nos dias 8 e 9 de novembro, às 20h e 19h, respectivamente, agora no Galpão Floresta Cultural (R. Conselheiro Travassos, 541 – 4º Distrito – Porto Alegre/RS), com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), disponíveis antecipadamente pelo Sympla. As entradas também podem ser adquiridas no próprio local, mediante disponibilidade.
O cerne de “Mares e Nuvens Flutuantes” está no butoh-fu, coreografia da linguagem criada por Tatsumi Hijikata para o mestre Yoshito Ohno. A partir de um pedido da própria família Ohno, Ana e Nishiyama agora reimaginam o butoh-fu, cujas coreografias foram dançadas por Yoshito sensei pelo resto de sua vida. Minimalista em cores e movimentos, o espetáculo celebra memórias com um olhar impressionista.
Traduzindo muitas imagens em cena, entre elas, as que compuseram a obra “The Dead Sea”, os bailarinos entram no palco com as sombras que permeiam os nossos espaços e encaram a vida costas a costas com a morte, como faces de uma mesma moeda. No intenso sentir, encontram o sutil pisar, veem as horas escorrendo em comungo com os mortos e encontram o sol nascendo profundo e turbulento.
"É um convite para pararmos e investirmos nosso tempo em contemplar aquilo com o qual somos presenteados a ver, sem pressa, como quem caminha na beira do mar, observando as formas que as nuvens fazem ao passarem despretensiosamente frente aos seus olhos e sendo tocado pelas ondas que morrem junto aos seus pés, num exercício de conexão consigo e com o todo." - Alyne Rehm (Matinal Jornalismo)
SERVIÇO
“Mares e Nuvens Flutuantes”, com Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama
Dias 8 e 9 de novembro, às 20h e 19h, respectivamente
No Galpão Floresta Cultural (R. Conselheiro Travassos, 541 – Porto Alegre/RS)
Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), através do Sympla