Nova apresentação do espetáculo "O Sussurrar da Cigarra" em Porto Alegre acontece no Teatro Oficina Olga Reverbel

(foto de Kowa Ikeuchi)

O público de Porto Alegre terá uma nova oportunidade para conferir "O Sussurrar da Cigarra", espetáculo de butoh dirigido por Etsuko Ohno e protagonizado pelos bailarinos Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama. Após a estreia em Yokohama, no Japão, e passagens pelo Rio de Janeiro e diferentes programações e espaços da capital gaúcha, agora o espetáculo toma forma no Teatro Oficina Olga Reverbel, do Multipalco Eva Sopher, dentro do icônico complexo do Theatro São Pedro. 

A apresentação acontece no dia 4 de outubro, às 19h, com ingressos a R$ 20, integrando a temporada Atos e Cenas do RS. uma realização da Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC), através do Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACEN), e da Fundação Teatro São Pedro (FTSP), com apoio do Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (SESC/RS). Para adquirir, basta acessar: https://theatrosaopedro.eleventickets.com.

“O Sussurrar da Cigarra” foi idealizado dentro do lendário Kazuo Ohno Dance Studio, no Japão. Em cena, Ana e Nishiyama traduzem as inspirações nascidas quando chegaram ao país na época de Obon, época em que os espíritos dos ancestrais retornam ao mundo dos vivos para visitar seus familiares. Nesse limiar entre vivos e mortos, as cigarras cantavam e dançavam, desprendendo-se de seus cascos e alcançando seus últimos voos, o que inspirou a dupla a levar para a cena as sombras iluminadas de um universo prestes a desaparecer.

Nascido no Japão pós-guerra, ao final da década de 1950, o butoh tem como criadores os mestres Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata. Yoshito san, filho de Kazuo, deu continuidade ao trabalho do pai e dizia que dançar butoh é contato direto com nossa existência e o mundo a nossa volta, encontrando a humanidade naquele que dança e "se revela como uma flor, como a natureza e seus ciclos". 

São nestes princípios que Ana e Nishiyama baseiam o seu trabalho. "Buscamos uma dança que fale sobre nossa essência, o cultivo da vida, o cuidado com os seres humanos e o estímulo para que cada um descubra o seu próprio butoh. O objetivo nunca é reproduzir ou imitar o trabalho desses mestres, mas sim honrar a memória de cada um deles", conta Ana.


Realização:


Apoio: