Japão, 2017: Reencontros



Grande foi a euforia de chegar no Japão e ir direto para o estúdio ver o mestre Yoshito Ohno. Quando cheguei no Kazuo Ohno Dance Studio, a aula já havia começado. Foi com o coração gritando de alegria que pisei no chão, entrei na aula e dancei.

O espaço ao meu redor era palpável, enquanto a presença de Kazuo Ohno vive impregnada na sala. Tamanha é a emoção de poder estar aqui, de poder reencontrar meus amigos, e acima de tudo de  poder novamente aprender com Yoshito...

Desta vez, moro na mesma montanha em que fica o estúdio. Caminho todos os dias pelas escadarias que Kazuo Ohno subiu e desceu por várias décadas. Silêncio. Acompanho os rastros invisíveis deixados por Kazuo. 

Daqui desta montanha, vejo o Mount Fuji. Aqui, esta montanha, Kamihoshikawa, é o meu Mount Fuji. Universos paralelos que se fundem assim como o Brasil e o Japão em mim.

Sou e danço esses caminhos.

Mergulho nas águas.

Na fonte do butoh.