Aula aberta e intervenção artística marcam nova programação de butoh em Porto Alegre com a bailarina Ana Medeiros


Foto: Ryo Ichii

Finalizando os preparativos de sua quarta temporada de imersão no Japão, a bailarina e coreógrafa gaúcha Ana Medeiros coloca novamente o butoh nos holofotes do cenário cultural de Porto Alegre com uma programação gratuita antes de sua viagem para terras orientais. As atividades procuram levar ao grande público a filosofia e a cultura dessa dança que, criada na década de 1950 por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata, celebra a existência e o contato direto com o mundo a nossa volta.

Além de viver por mais de 20 anos em Nova York, onde se especializou em dança moderna na prestigiada Martha Graham School of Contemporary Dance, Ana Medeiros coreografou e subiu aos palcos de países como França, Holanda e, claro, o próprio Brasil. Agora, ela se dedica ao estudo e ao ensino do butoh na capital gaúcha, idealizando espetáculos, ministrando aulas regulares na Casa Cultural Tony Petzhold e promovendo intervenções em diferentes pontos da cidade.

Para novembro, a agenda segue movimentada não apenas com sua quarta residência no Japão com Yoshito Ohno, um dos mestres mundiais do butoh, mas também com as demais atividades envolvendo a dança oriental em Porto Alegre. Dia 15 de novembro, Ana promove uma intervenção no Parque Farroupilha (Redenção), reforçando um dos grandes princípios do butoh: a relação próxima com a natureza. Com a participação do músico Duda Cunha e da bailarina Nury Salazar, a apresentação acontece às 17h, à direita do Monumento ao Expedicionário, em frente ao Colégio Militar.

Já no dia 18 de novembro, a partir das 12h30, a Casa Cultural Tony Petzhold abre suas portas para uma aula aberta ministrada de butoh por Ana. No encontro, serão trabalhados os princípios do butoh segundo Yoshito Ohno, onde se faz muito menos exteriormente: nele, o bailarino encontra o silêncio e percebe o corpo criando e trazendo lugares e memórias à tona. “Levo o butoh como uma filosofia de vida, e hoje me encontro a desenvolver a escuta nos lugares por onde ando e com as pessoas que encontro. Nele, a vida e a dança acontecem de uma maneira mais humana, sem pretensão de ser ou querer algo. Essa é a importância do butoh: dançando butoh aprendo a ser gente”, conta Ana.

SERVIÇO - Intervenção artística de butoh com Ana Medeiros
Dia 15 de novembro, às 17h
No Parque Farroupilha (Redenção)
À direita do Monumento ao Expedicionário, em frente ao Colégio Militar
Com as participações do músico Duda Cunha e da bailarina Nury Salazar

SERVIÇO – Aula aberta de butoh com Ana Medeiros
Dia 18 de novembro, das 12h30 às 15h
Na Casa Cultural Tony Petzhold (Av. Cristóvão Colombo, 400 – Floresta)
Entrada franca